Aeroportos mais chiques


26/5/2010
Jornal de Brasília

As melhorias previstas nos 16 aeroportos brasileiros vinculados às 12 cidades que vão sediar a Copa do Mundo vão absorver investimentos de R$ 5,4 bilhões até 2014, incluindo obras de infraestrutura e instalações de módulos temporários para aumentar a capacidade de trânsito de passageiros. O diretor de engenharia da Infraero, Jaime Parreira, disse que do total de investimentos previstos, 61% serão realizados pela própria empresa e 39% pela União, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
   
Os módulos que serão construídos em aeroportos como o de Gua-rulhos   consistem   em   estruturas
   
pré-fabricadas nos moldes da instalada no aeroporto de Florianópolis (SC). A vantagem desse tipo de construção, segundo ele, é a rapidez do empreendimento e o preço mais baixo. A estimativa é que esse tipo de módulo, que pode consistir apenas em sala de espera de passageiros, mas, também, em terminais com check in, café e restaurantes tenha custo de R$ 2.500 por metro quadrado, enquanto uma infraestrutura definitiva tem custo de R$ 6 mil a R$ 7 mil por metro quadrado.
   
A durabilidade dessas estruturas é de 10 a 15 anos e, de acordo com o executivo, elas podem ser deslocadas para outros aeroportos, se necessário. A construção das obras definitivas e dos módulos nos aeroportos das cidades-sede da Copa visam não só a realização do evento esportivo, mas, também, o crescente aumento da demanda no setor aéreo do País.


ARGENTINA

   
Aliás, o aumento do número de brasileiros que viajam para a Argentina já provoca gargalos nas companhias aéreas, que desejam ampliar as frequências para o país vizinho. O governo argentino vem se recusando a ceder aos pedidos da Anac, segundo a diretora-presidente do órgão, Solange Vieira. Ela disse que as saídas para o mercado argentino, que representam 16% dos voos internacionais, têm forte potencial.
   
São 133 frequências semanais para a Argentina. A Anac já solicitou mais 30 ao governo de Cristina Kir-chner, que mostra-se reticente, temendo prejudicar as companhias locais. "As empresas estão no limite de frequências para a Argentina e a demanda continua crescendo. Espero que o governo de lá pense, porque eles estão perdendo ao segurar o aumento de voos do Brasil'', disse Solange, durante a conferência de aviação civil entre Brasil e União Europeia, no Rio de Janeiro. Os voos para os EUA representam 23% do total que sai do Brasil, seguido pela Argentina (16%) e Portugal (10%). Com o incremento de 10% nas frequências, a proporção para a Argentina pode subir para 18%.