Em 9 anos, fluxo cresceu 112% no terminal

06/08/2010


Jornal do Commércio - Economia



Entre 2000 e 2009, o Aeroporto Internacional do Recife experimentou um crescimento de 112% no fluxo de passageiros. Hoje, ele é considerado um dos 12 aeroportos “classe A” – ou seja, que dão lucro –, dentre os 67 administrados pela Infraero estando, portanto, na mira da iniciativa privada.

A Infraero calcula que que cada passageiro atraia pelo menos mais três pessoas para o Aeroporto Internacional. Dessa forma, somente no ano passado circularam em mais de 25 milhões de potenciais consumidores no local.

Para o presidente da Associação das Concessionárias Aeroportuárias, Héber Lucena, o alto valor das propostas nas últimas licitações mostram que o caminho da privatização está sendo traçado. “Existe um interesse muito forte dessas empresas em estar operando nos aeroportos quando eles passarem para a iniciativa privada. Isso faz com que elas se disponham a pagar aluguéis fora do que é praticado no mercado. De início, esses custos devem ser repassados para o consumidor. Vai ficar ainda mais caro comprar no Aeroporto”, especula.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, já afirmou que até o fim do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não haverá privatizações. Afinal, em período eleitoral, não havia quem tomasse a frente de tamanha polêmica. Mas a nova gestão que assumir em 2011 deverá retomar as discussões sobre o tema.

Isso porque uma estimativa feita pela Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) aponta que os aeroportos do País teriam praticamente que dobrar a sua capacidade para proporcionar meios adequados para o deslocamento das equipes de futebol que participarão da Copa de 2014, assim como de turistas nacionais e estrangeiros. Como não dá tempo de construir novos aeroportos de classe internacional, a solução seria ampliar os existentes e adaptá-los às circunstâncias.