Sata consegue suspender falência decretada pela Justiça e mantém, recuperação judicial

04/05/2011 - Aero Magazine

A Sata conseguiu suspender a falência decretada no dia dia 27 de abril pelo juiz Mauro Pereira Martins, da 4ª Vara Empresarial do Rio. A empresa que já foi a maior do país em serviços aeroportuários em pátios de aeronaves vai permanecer em recuperação judicial até que o caso seja julgado, mas não há previsão de data para que isso aconteça. A suspensão foi decretada pela 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. 

O juiz justifica a decisão ao considerar que a "situação econômico-financeira da empresa recuperanda se afigura irreversível". De acordo com o relatório do administrador judicial, a dívida da Sata seria de R$ 433,8 milhões.

O presidente da Sata, João Luís Bernes de Sousa, contesta esse valor. Ele afirma que a dívida que consta apenas no processo de recuperação judicial é de R$ 75 milhões, dos quais R$ 45,5 milhões são de débitos trabalhistas. O executivo afirma que a Sata tem créditos a receber da ordem de R$ 177 milhões de diversas fontes, o que daria um fôlego no caixa para a empresa manter sua operação, que nunca parou, segundo ele.

A pior crise em 57 anos de atividade da Sata foi deflagrada pela crise da Varig, entre 2005 e 2006, conforme lembra Sousa. A Varig chegou a responder por cerca de 70% do faturamento da Sata no auge de sua operação, no início dos anos 2000. Nessa época, a companhia faturava R$ 20 milhões mensais, respondia por 60% do mercado chamado de ground handling (rebocadores de aviões, escadas para embarque e desembarque de passageiros, entre outros serviços). Atualmente, o faturamento mensal da Sata oscila entre R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões.