Santos Dumont ainda precisa concluir obras que iniciou em 2004

22/12/2011 - Mercado e Eventos, Fernanda Lutfi

Na tarde de hoje (22/12) a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos deputados, representada pelo deputado Otavio Leite, e acompanhada pela Infraero, fizeram uma vistoria técnica nas obras do aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro. As obras tiveram no início em 2004 e estão paralisadas desde 2007, quando o Tribunal de Contas da União cortou a verba em função do sobrepreço das obras, e até hoje não existe uma conclusão para o problema. Dados do ministério do Planejamento, entre 2005 e outubro de 2011, mostram que do total de R$ 353.777.528 bilhões da dotação, apenas R$ 252.048.212 milhões foram executados, ou seja, 71%.

“O que me preocupa são os nós e as barreiras que não conseguem ser ultrapassadas. O objetivo dessa vistoria é chamar a atenção do ministro da Aviação Civil para que as devidas providências sejam tomadas. Essa é uma obra que duplicaria o tamanho do Santos Dumont, e traria grandes performances para o aeroporto, mas que está parada desde 2007. É preciso desatar esse nó, porque temos uma série de espaços que não rendem o que poderia estar sendo gerado.”, afirma o deputado Otavio Leite.

O terceiro andar de um dos prédios está sendo construído e as obras já estão avançadas, o novo andar vai abrigar uma área maior de comércio, que é o setor com mais reclamações na ouvidoria do aeroporto, além de um restaurante que tem previsão de abertura na segunda metade de janeiro de 2012. O gerente de Obras e Empreendimentos da Infraero, Cristiano Brito, estima que para conclusão dessa parte da obra serão necessários mais 5 milhões de reais. E existe também a parte da obra que não começou, que são os andares que pegaram fogo em 1997 e ainda não foram reformados. A área deve ser transformada em um hotel ou será utilizada para abrigar a parte administrativa do aeroporto, segundo o superintendente Regional do Rio de Janeiro, Lucinio Baptista.

Para que as obras sejam retomadas é preciso que seja realizada uma perícia no que foi feito até o momento. Apenas após a vistoria que a autorização para a retomada das obras será concedida. “Enquanto não tiver uma perícia não podemos continuar a obra. A solicitação já foi feita, mas o assunto ainda está na justiça. O problema não é concluir as obras, mas ter a autorização para que elas continuem.”, disse Lucinio Baptista.

No entanto, conseguir a autorização não é a última etapa no processo para a que as obras sejam concluídas. O projeto feito em 2004 ainda terá que ser revisto, antes que possa ser feito um novo orçamento para a obra. O gerente de Obras da Infraero comenta que o projeto também precisa ser incrementado, porque as necessidades de um projeto feito em 2004 não são mais as mesmas de hoje.

“Estou muito preocupado com a situação do país em relação aos eventos esportivos que vamos sediar, porque muitas mudanças ainda precisam ser feitas. Existe sempre uma desculpa, mas o problema prossegue sem soluções. O ministro da Aviação Civil precisa tomar providências, porque é inadmissível ter uma área tão grande do aeroporto não sendo utilizada.”, ressalta Otavio Leite.