Falta de infraestrutura limita crescimento da aviação executiva, diz Embraer

13/08/2012 - Folha de São Paulo

MARIANA BARBOSA

O mercado para jatos executivos no Brasil "poderia ser ainda maior" não fossem as restrições provocadas pela falta de infraestrutura nos aeroportos, disse o vice-presidente de operações da Embraer Aviação Executiva, Marco Túlio Pellegrini.

"Claro que se alguém quer comprar, se a pessoa precisa do avião, ela vai lá e compra. Mas a falta de hangares e slots [horário para pouso e decolagem] nos principais aeroportos não ajuda as vendas", diz Pellegrini.

Nos últimos anos dois ou três anos, com o aumento das vendas, o preço dos hangares para estacionar aviões disparou. Em Congonhas, por exemplo, alugar uma vaga para estacionar um jato executivo de grande porte, que custa cerca de US$ 50 milhões, pode custar até R$ 40 mil por mês.

AEROPORTOS PRIVADOS

O governo prepara um decreto para permitir a exploração, pela iniciativa privada, de aeroportos dedicados à aviação executiva.

A expectativa do setor é de que o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, aproveite a abertura da feira de aviação executiva Labace, maior evento do setor, que acontece entre quarta (15) e sexta-feira (17) desta semana no aeroporto de Congonhas, para anunciar as novas regras.

Já existem pelo menos dois grupos empresariais que pretendem investir na construção de aeroportos para a aviação executiva no entorno de São Paulo. O novo decreto dará impulso a esses investimentos.