16/08/2012 - Valor Econômico
Por Alberto Komatsu
Eduardo Vaz, presidente da companhia, que tem plano de investimentos de US$ 200 milhões, a maior parte destinada à
compra de helicópteros
Uma das maiores empresas de aviação executiva do país, a Líder Aviação prevê alcançar a casa do R$ 1 bilhão de faturamento, no máximo, em 2014. Neste ano, a previsão é de R$ 800 milhões. Como parte do esforço para atingir essa marca, iniciou, no fim de 2011, um plano de investimentos de US$ 200 milhões, que deverá ser concluído em 2013.
A maior parte dos recursos está sendo utilizada para ampliar a frota de helicópteros que operam em plataformas marítimas de exploração de petróleo, na camada pré-sal. Do investimento total, 75% são financiados e 25% são próprios.
Só na compra de helicópteros, a Líder está desembolsando US$ 140 milhões em 2012. São seis aeronaves para operações nas plataformas de petróleo. Quatro deles, da fabricante americana Sikorsky, custam US$ 28 milhões cada - o que representa uma encomenda de US$ 112 milhões, sendo mais da metade, ou US$ 60 milhões, financiada pelo Eximbank americano.
"Se não chegar em 2013, acho que não passa de 2014 [faturamento de R$ 1 bilhão]. Os investimentos estão sendo feitos em fases. Muito desse investimento ainda não está produzindo receita, o que deverá acontecer em 2013, 2014", diz o presidente da Líder Aviação, Eduardo Vaz.
A operação de helicópteros responde por 65% do faturamento da Líder, sendo que a Petrobras contribui com 80% dos resultados dessa área, com frota de 60 helicópteros. A aviação executiva contribui com 35% da receita. São serviços como táxi aéreo, venda de jatos e manutenção. Nessa área, a Líder tem 40 aviões.
"A Petrobras é a nossa maior cliente no fretamento de helicópteros. Ainda não está muito claro para o mercado qual será a velocidade do crescimento da Petrobras. Se tiver algum atraso na entrega de algumas plataformas, o crescimento do setor é afetado", diz Vaz.
Ele revela que a empresa tem interesse em ser operadora de aeroportos privados de aviação executiva, a exemplo da TAM Aviação Executiva. Vaz foi procurado pelo grupo imobiliário JHSF e pela dupla de empresários André Skaf e Fernando Botelho Filho, que têm dois projetos com esse perfil.
A Líder está ampliando suas bases de operação e abrindo novos centros, como em Campos dos Goytacazes (RJ), onde aplicou R$ 1,3 milhão. Outra parte do investimento está sendo usada numa nova base no litoral paulista, em Itanhaém. A empresa também vai investir em um hangar para aviação executiva no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), no Rio, no ano que vem.
A companhia está lançando a venda compartilhada de jatos e helicópteros. Batizada de "Líder Share", o primeiro ativo será um avião da americana Hawker Beechcraft, para seis passageiros.
Serão três cotas, de US$ 800 mil cada, que dão direito a uso de 150 horas por ano da aeronave, num período de cinco anos. Em média, deverão ser 13 horas por mês. O avião é de propriedade da Líder.
A Líder passa a competir com a Prime Fraction Club, fundada em maio de 2010. Segundo o sócio-diretor da empresa, Marcus Matta, a Prime tem 11 ativos, avaliados em R$ 100 milhões. São quatro aviões, três helicópteros, três barcos e um grupo de carros, com uma Ferrari e uma Maserati. O mais novo ativo é um jato Legacy 500, da Embraer, que já tem um cotista interessado. Ao todo, serão três cotas.
"Com o cenário de desaceleração, está aumentando o número de donos de jatos que querem compartilhar a propriedade e reduzir os custos", diz Matta. Segundo ele, um dos helicópteros foi obtido com essa negociação. Outras três estão sendo desenvolvidas.
Por Alberto Komatsu
Eduardo Vaz, presidente da companhia, que tem plano de investimentos de US$ 200 milhões, a maior parte destinada à
compra de helicópteros
Uma das maiores empresas de aviação executiva do país, a Líder Aviação prevê alcançar a casa do R$ 1 bilhão de faturamento, no máximo, em 2014. Neste ano, a previsão é de R$ 800 milhões. Como parte do esforço para atingir essa marca, iniciou, no fim de 2011, um plano de investimentos de US$ 200 milhões, que deverá ser concluído em 2013.
A maior parte dos recursos está sendo utilizada para ampliar a frota de helicópteros que operam em plataformas marítimas de exploração de petróleo, na camada pré-sal. Do investimento total, 75% são financiados e 25% são próprios.
Só na compra de helicópteros, a Líder está desembolsando US$ 140 milhões em 2012. São seis aeronaves para operações nas plataformas de petróleo. Quatro deles, da fabricante americana Sikorsky, custam US$ 28 milhões cada - o que representa uma encomenda de US$ 112 milhões, sendo mais da metade, ou US$ 60 milhões, financiada pelo Eximbank americano.
"Se não chegar em 2013, acho que não passa de 2014 [faturamento de R$ 1 bilhão]. Os investimentos estão sendo feitos em fases. Muito desse investimento ainda não está produzindo receita, o que deverá acontecer em 2013, 2014", diz o presidente da Líder Aviação, Eduardo Vaz.
A operação de helicópteros responde por 65% do faturamento da Líder, sendo que a Petrobras contribui com 80% dos resultados dessa área, com frota de 60 helicópteros. A aviação executiva contribui com 35% da receita. São serviços como táxi aéreo, venda de jatos e manutenção. Nessa área, a Líder tem 40 aviões.
"A Petrobras é a nossa maior cliente no fretamento de helicópteros. Ainda não está muito claro para o mercado qual será a velocidade do crescimento da Petrobras. Se tiver algum atraso na entrega de algumas plataformas, o crescimento do setor é afetado", diz Vaz.
Ele revela que a empresa tem interesse em ser operadora de aeroportos privados de aviação executiva, a exemplo da TAM Aviação Executiva. Vaz foi procurado pelo grupo imobiliário JHSF e pela dupla de empresários André Skaf e Fernando Botelho Filho, que têm dois projetos com esse perfil.
A Líder está ampliando suas bases de operação e abrindo novos centros, como em Campos dos Goytacazes (RJ), onde aplicou R$ 1,3 milhão. Outra parte do investimento está sendo usada numa nova base no litoral paulista, em Itanhaém. A empresa também vai investir em um hangar para aviação executiva no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), no Rio, no ano que vem.
A companhia está lançando a venda compartilhada de jatos e helicópteros. Batizada de "Líder Share", o primeiro ativo será um avião da americana Hawker Beechcraft, para seis passageiros.
Serão três cotas, de US$ 800 mil cada, que dão direito a uso de 150 horas por ano da aeronave, num período de cinco anos. Em média, deverão ser 13 horas por mês. O avião é de propriedade da Líder.
A Líder passa a competir com a Prime Fraction Club, fundada em maio de 2010. Segundo o sócio-diretor da empresa, Marcus Matta, a Prime tem 11 ativos, avaliados em R$ 100 milhões. São quatro aviões, três helicópteros, três barcos e um grupo de carros, com uma Ferrari e uma Maserati. O mais novo ativo é um jato Legacy 500, da Embraer, que já tem um cotista interessado. Ao todo, serão três cotas.
"Com o cenário de desaceleração, está aumentando o número de donos de jatos que querem compartilhar a propriedade e reduzir os custos", diz Matta. Segundo ele, um dos helicópteros foi obtido com essa negociação. Outras três estão sendo desenvolvidas.