Sistema eficiente depende da integração de vários atores

06/08/2012 - Folha de São Paulo

Diferenças de tempos de voos entre duas cidades são comuns na aviação. Condições meteorológicas e aerovias distintas para ida e para a volta, além da variação dos ventos em rota, são fatores que fazem isso acontecer.

Também são fatores influentes o gerenciamento do volume e dos fluxos de tráfego aéreo nas áreas terminais e nas aerovias, bem como o número de voos chegando e partindo nos aeroportos.

E chegado ao aeroporto, não apenas o seu administrador/operador tem papel chave no tempo de solo, mas as empresas aéreas e suas prestadoras de serviços devem buscar a máxima eficiência e sinergia nas operações para que os voos que chegam não atrasem os que partem.

No mundo real de trocas constantes de portões de embarque, de atrasos e de constantes conflitos sobre responsabilidades, fica evidente que temos muito a melhorar.

Não basta cada ente ser de excelência se o sistema como um todo não o for. Da mesma forma, não adianta haver apenas algumas colaborações pontuais entre os atores aqui citados; é imprescindível haver visão de negócios e de propósitos comuns, dinâmicas que unam todos de forma inseparável e igualitária.

Parcerias contínuas, comprometimento e visão sistêmica são a base para tudo.

Se a nossa realidade já fosse assim, parte da missão de cada ator aqui citado seria de auxiliar os demais a serem cada vez melhor no que fazem.

O objetivo comum a todos seria o de buscar o melhor e mais seguro sistema de transporte aéreo para a sociedade brasileira. Quando isso de fato acontecer, perceberemos instantaneamente.

RESPICIO A. ESPIRITO SANTO JR. é professor do departamento de transportes da Universidade Federal do Rio de Janeiro