British Airways reafirma investimentos no mercado brasileiro

11/09/2012 - Mercado & Eventos, Leila Melo

Pela segunda vez consecutiva, o vice-presidente para as Américas da British Airways, Simon Talling-Smith, vem ao Brasil para reforçar a importância desse mercado para os negócios globais da companhia aérea. "O mercado brasileiro apresenta um dos rápidos índices de crescimento. Se comparado aos Estados Unidos, por exemplo, o Brasil vem crescendo em maior proporção", disse Talling-Smith, em encontro com a imprensa nesta terça-feira (11/09) em São Paulo. Na quarta, dia 12, o executivo recebe para um almoço seus parceiros no país. Entre eles estarão agências corporativas, consoldadoras e grandes agências de viagens. "No Brasil, as agências de viagens correspondem a quase 90% de nosso volume de vendas", destacou o vice-presidente, mencionando, no entanto, que a comercialização dos bilhetes via grandes agências onlines como Decolar.com, Viajanet e Submarino.

Desde o ano passado, a companhia investe em suas operações no Brasil. A rota Rio de Janeiro-Londres passou a ser realizada seis vezes por semana - até então eram realizados três frequências semanais. A British tem ainda voos diretos e diários saindo de São Paulo com destino a capital londrina. "Não vamos abrir novas rotas no país, mas estamos avaliando o acréscimo de mais frequências para as rotas já existentes", adiantou Talling-Smith. Ele lembrou que grande parte da demanda na rota São Paulo-Londres é gerada pelo mercado inglês. Apesar os voos da capital paulista serem mais baixos, a taxa de ocupação da empresa nessas duas rotas brasileiras está acima de 80%. "Em São Paulo, a classe executiva viaja lotada", comentou. 

Também nessa rota, a British Airways inovou com uma primeira classe totalmente revitalizada. Operada com o boeing 747, a empresa oferece 14 assentos na primeira classe. Esses passageiros tem à disposição um novo serviço de catering. Ao todo, a companhia captou 5 bilhões de libras em novas aeronaves, novos assentos e tecnologia. "Temos ainda como diferencial a oferta da classe econômica plus. Passamos a oferecer refeições quentes, os assentos são maiores em relação a classe econômica normal e o espaço para as bagagens de mão são maiores", acrescentou José Antonio Coimbra, diretor comercial da British Airways no Brasil. 

Fusões - O vice-presidente falou ainda sobre o mercado global de fusões e aquisições. A British Airways inicou há um ano e meio o processo de joint venture com a Iberia e American Airlines e está em processo de padrão de gerenciamento a fim de manter a eficiência. "Para isso, estamos apostando em receitas geradas com ações de code-share e na diminuição dos custos", afirmou Talling-Smith, citando como exemplos as aquisições bem sucedidas do setor de aviação como Lufthansa/Swiss e AirFrance-KLM. "Elas conseguiram manter suas marcas", completou. A British mantém um escritório integrado com a iberia e a America Airlines em Nova York e provavelmente esse sistema será implantado nas atividades da joint venture no BrasIl. No entanto, ainda não há previsão de quando isso irá acontecer.

A empresa fechou recentemente uma parceria com a Japan Airlines para explorar o tráfego de passagerios na Ásia. "O mercado brasileiro também pode ser servido pela rota Londres-Tóquio. Muitos brasileiros tem interesse em ir para a cidade japonesa", falou Coimbra. A British oferece ainda voos para Seul, na Coréia do Sul. A Latam, companhia criada pea fusão da Tam com a Lan, também foi lembrada pelo executivo. "É a companhia mais valiosa do mercado e espero que ela preferia entrar na aliança OneWorld. Teremos mais força e estamos confiantes com essa operação", completou.