Número de aeronaves deve crescer 5% este ano

25/11/2012 - O Globo

Novos terminais nascem do aumento da demanda

Os aeroportos privados em São Paulo crescem sobretudo devido à saturação dos terminais públicos, na avaliação do especialista em infraestrutura aeroportuária Mozart Alemão. Segundo ele, há uma grande demanda para os voos executivos no estado. Além das pistas, há também forte demanda por hangares de manutenção e esta ciona mento das aeronaves.

SHOPPING E CAMPUS
Um desses projetos, localizada às margens da Rodovia Castelo Branco, a menos de 50 quilômetros da capital, é o do grupo JHSF. Ao custo de R$ 500 milhões, terá duas pistas (Viracopos, em Campinas, por exemplo, só tem uma), sendo a principal com 2.500 metros de extensão — a de Congonhas tem pouco mais de 1.900 metros. O projeto prevê ainda um shopping center, um condomínio com residências de alto padrão, centro empresarial, áreas para hotéis, centro de convenções e um campus universitário. A expectativa é que o aeroporto entre em operação na Copa de 2014.

— Uma grande vantagem do projeto é que os aeroportos existentes não têm características de atendimento ao público executivo. Vamos liberar áreas de Guarulhos que em parte eram usadas para a aviação executiva e atender esse público — disse Rogério Lacerda, diretor do projeto.

O diretor-geral da Abag, Ricardo Nogueira, lembra que existem outros dois empreendimentos anunciados para o entorno da capital paulista: em Ibiúna, projetado pela Construtora Eiko, e na região do Rodoanel Metropolitano, que tem à frente os empresários André Skaf (filho do presidente da Fiesp, Paulo Skaf) e Fernando Botelho Filho. O projeto de Ibiúna ainda está na fase de licitações e aprovação amblental. O outro, nem isso.

Segundo Eder Teixeira da Silva, sócio-proprietário da Eiko, de Iblúna, o investimento inicial de R$ 500 milhões terá a participação de investidores americanos. As obras devem começar no segundo semestre de 2013, terminando 24 meses depois. Além de receber jatos executivos, a pista de 2.540 metros de extensão será construída para atender cargueiros de grande porte. (Lino Rodrigues e Paulo Justus) ●