Aeroporto e rodoviária de Florianópolis têm deficiências de infraestrura

18/12/2012 - Diário Catarinense

Problemas atrapalham a vida de passageiros de aviões e ônibus

Florianópolis tem um aeroporto a moda antiga. Dá para ver a pessoa entrar no avião e assistir a aeronave decolar. Mas o cenário que lembra os tempos românticos da aviação tem suas implicações. Se houver problema, o passageiro não tem escritório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a única alternativa é o 0800.

O terminal conta com somente sete tomadas para carregar celulares ou notebooks, companheiros habituais de passageiros aéreos. Caso dois voos atrasem o saguão não tem cadeiras para todos sentar. Estacionamento, só pagando R$ 6, motivo que faz as pessoas pararem em fila dupla na frente da entrada, o que tira o sossego do policial militar que manda os motorista acelerarem sob pena de multa.

Se o elitizado aeroporto tem seus, a rodoviária não sai ilesa. Ar-condicionado, esquece. A chuva alivia o calor, mas expõe outra deficiência. São tantos buracos no telhado que o chão fica repleto de poças d'água, lembrando a calçada no lado de fora. O sabonete do banheiro é contado. Gerente de uma revistaria, Elio Maurício declara que há dois anos a situação é esta e as goteiras só aumentam.

O funcionário explica que mendigos roubas para lavar vidros em sinaleiras em busca de trocados. O viajante também não tem muitas opções sacar. A rodoviária conta com terminais de auto atendimento do Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banrisul. O restaurante só abre para o almoço e existem duas lanchonetes.

O gerente do terminal, Valdir Konell explica que a desde abril o Departamento de Transportes e Terminais (Deter) está sem presidente. Isto impede a realização de obras e licitações. A concorrência para o conserto no telhado não pode ser aberta por causa deste motivo. A empresa que cercaria o estacionamento foi feita, mas sem a assinatura do presidente a construção não pode começar.