Galeão: 3ª pista exige aterro na baía

12/05/2013 - O Globo

Empresa vencedora do leilão deve levar em conta impactos ambientais e sociais
GERALDA DOCA
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PABLO JACOB/27-12-2012
Galeão. Anac promete
menos filas e mais conforto
para os passageiros

-BRASÍLIA- O modelo de concessão aprovado para o Galeão vai permitir ao consórcio vencedor do leilão escolher o desenho da terceira pista de pouso e decolagem, prevista na ampliação do aeroporto, que será equipado para atender a uma demanda de 60 milhões de passageiros até 2038. A construção da pista implicará o aterro da baía e a desapropriação de áreas do entorno. Quanto será aterrado e desapropriado é uma decisão a cargo da empresa, que terá que levar em conta os impactos ambientais e sociais da obra. O plano de investimentos prevê a construção de mais um terminal de passageiros, informou ao GLOBO o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys.

A previsão é que o edital seja colocado em consulta pública até o dia 24. Guaranys explicou que o edital exigirá distância mínima entre as pistas para que possam operar simultaneamente. A terceira pista não é um investimento imediato, mas necessário para atender a demanda esperada para os próximos 25 anos.

— O desenho (da pista) proposto não será mandatório. As possibilidades que a gente tem são as pistas dentro da área do aeroporto, que podem exigir mais aterro e menor desapropriação, ou uma pista com menos aterro, mas com maior desapropriação — disse Guaranys.

Ele destacou que um dos objetivos é fazer com que o Galeão funcione melhor para passageiros e empresas. A intenção é instalar padrão de operação similar ao dos maiores aeroportos do mundo. A exigência de experiência mínima com terminais de 35 milhões de passageiros, destacou, atrairá um grande operador:

— Queremos uma operação mais voltada para o passageiro e para o uso da infraestrutura. Isso significa mais qualidade, conforto, espaço, processamento rápido, opções de alimentação, menos filas, menos problemas com bagagem. Para as empresas, é preciso garantir segurança e agilidade das operações.●