O aeroporto que decolou

18/09/2013 - Diário da Manhã - GO

Infraero assina ordem de serviço para retomada das obras do novo terminal aeroviário de Goiânia

DIÁRIO DA MANHÃ
DIOGO TEIXEIRA

A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) assinou na manhã de ontem, em Goiânia, a ordem de serviço para a retomada das obras do novo terminal de passageiros do Aeroporto de Goiânia. Na solenidade estiveram presentes o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC/PR), Wellington Moreira Franco; o governador, Marconi Perillo, o vice-governador, José Eliton, o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, além de parlamentares e da sociedade civil.

O presidente da Infraero, Gustavo do Vale disse que "é uma vergonha para a Infraero que uma obra dessa importância esteja parada há sete anos", e anunciou o retorno imediato dos trabalhos que devem durar 18 meses (março de 2015).

O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco pediu desculpas à população goiana pela demora na entrega da obra a comunidade. "Não temos orgulho dessa obra paralisada há sete anos. Goiás merece essa obra. Agora os trabalhos vão começar e com qualidade. Quero que apaguem essa má lembrança. Agora, depois de tanto tempo, Goiânia terá um novo Aeroporto", comemorou o ministro, durante a assinatura da ordem de serviço.

O governador Marconi Perillo informou que o novo terminal será quatro vezes maior que o atual e mencionou o encontro casual que teve com a presidenta Dilma Roussef na última terça-feira (17). "Fiz questão de agradecer pessoalmente à presidenta Dilma por ter atendido nosso pedido. Visitei a Infraero várias vezes, mas hoje, depois de quase dois anos de luta, conseguimos solucionar o problema", ressaltou o governador.

COMPLEXIDADE DA construção

O novo terminal de passageiros terá dois andares e 34,1 mil m², que abrigarão quatro pontes de embarque, 23 balcões de check-in, 11 elevadores, quatro escadas rolantes, três esteiras de restituição de bagagem e sete canais de inspeção (raio-x e detector de metal). O terminal atual conta apenas com 7,571 m² e 30 balcões de check-in.

Quando estiver concluído, o novo terminal de passageiros permitirá ao Aeroporto de Goiânia receber até 8,6 milhões de turistas por ano, com uma demanda estimada de 4,8 milhões de embarques e desembarques para 2014. Os passageiros também terão, à disposição, um mix comercial que reunirá cerca de 60 pontos, entre lojas de roupas, acessórios, alimentação, serviços, drogaria, locadora de veículos, caixas eletrônicos, casa de câmbio, agências de turismo e dos Correios, além de uma praça de alimentação com 130 mesas.

PRAZOS

As obras do novo terminal deverão ser concluídas em março de 2015. Ao mesmo tempo, a Infraero e o consórcio Via/Odebrecht estão trabalhando para atualizar e complementar o projeto executivo e orçamento da infraestrutura do novo terminal, que envolve as pistas de taxiamento, pátio de aeronaves e estacionamento de veículos.

Esses documentos estão em elaboração e deverão ser enviados ao TCU (Tribunal de Contas da União) para análise até o final deste ano. Caso sejam aprovados, essa infraestrutura também será executada pelo consórcio e estará pronta junto com o terminal de passageiros.

Ao final das obras, o terminal do Aeroporto Santa Genoveva terá capacidade para receber onze aeronaves no pátio, das quais, quatro em pontes de embarque, e um estacionamento de veículos com pelo menos 682 vagas.

ETAPAS

As novas instalações do Aeroporto de Goiânia serão construídas em duas etapas: a primeira, autorizada pelo TCU, compreende os serviços do novo terminal de passageiros, além das de infraestrutura, cujos documentos (projeto executivo e infraestrutura) serão avaliados pelo TCU. A previsão é que esses serviços sejam finalizados em março de 2015.

A segunda fase, a ser concluída em 2020, compreende uma ampliação de aproximadamente 7 mil m² do terminal de passageiros, que passará a contar com outras quatro pontes de embarque, além de mais seis elevadores, uma escada rolante, 17 balcões de check-in, duas esteiras e três canais de inspeção. Para esta segunda fase a Infraero irá realizar um processo de licitação apenas para a obra, uma vez que esses projetos e o orçamento estão em elaboração pelo consórcio Via/Odebrecht, conforme acordo firmado em 2012.