Aeroporto da Pampulha vai ter jatos internacionais

01/10/2013 - O Tempo

Terminal vai complementar o de Confins e ampliar voos em Minas

JÁDER REZENDE

Ampliação. Abertura para voos executivos de outros países implicará a construção de 40 hangares

Subutilizado e com uma série de problemas de infraestrutura a serem equacionados, o aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, passará a operar com jatos executivos internacionais, segundo informou ontem a O TEMPO o subsecretário de Assuntos Internacionais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Luiz Antônio Athayde.

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De acordo com ele, a meta é transformar aquele aeroporto em centro de referência na aviação executiva no país, o que implicará a implantação de aduana e serviço de imigração.

A medida integra o Plano do Vetor Norte, que prevê o ordenamento do território, ampliação da competitividade do Estado e a atração de investimentos em setores da nova economia.

Outra meta é garantir a oferta de voos para pelo menos 30 municípios mineiros. Atualmente, a Pampulha opera com 27 voos regulares da aviação regional, sendo 25 da Azul/Trip e dois da Passaredo, e a movimentação de pousos e decolagens já atinge picos de 6.300 movimentos ao mês. Uma nova linha será operada na Pampulha a partir de 7 de outubro, pela Azul, com voos entre Araxá e Belo Horizonte, de segunda a sábado. A empresa oferece hoje um voo por semana da capital para Araxá.

A abertura para voos executivos vindos de outros países implicará a construção de 40 hangares, cujas obras deverão gerar 3.000 empregos diretos. As novas diretrizes para o aeroporto da Pampulha serão anunciadas hoje pelo governador Antonio Anastasia, que entregará no início da tarde, no Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, ao ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, estudo de desenvolvimento e diagnóstico.

O estudo de desenvolvimento da revisão do plano diretor do aeroporto da Pampulha foi uma doação da Agência de Comércio e Desenvolvimento dos Estados Unidos (USTDA) e os estudos, da consultoria KED, foram realizados entre abril e agosto deste ano com supervisão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) e da Infraero, com recomendações para a expansão ordenada do aeroporto, com foco na aviação executiva, geral e regional para os próximos 20 anos.

Complementares. Segundo Athayde, o estudo prevê a complementaridade da Pampulha com o aeroporto internacional Tancredo Neves (Confins). "Seria algo insensato se mantivéssemos a região metropolitana de Belo Horizonte para ser uma área de competição global tendo dois aeroportos concorrendo entre si", diz. "Nosso foco agora é na aviação executiva. Precisamos preparar a Pampulha para receber jatos desse porte do exterior para atrair grandes empresas que não querem mais ir para o Rio de Janeiro ou São Paulo. Isso trará uma grande dinâmica para Belo Horizonte e garantirá a geração de mais empregos qualificados". Outra meta é a operação do aeroporto de Confins para todas as capitais do país, em dois anos.