Companhia pede autorização a Anac para voo direto de Brasília a Paris

04/10/2013 - Correio Braziliense

Se concedida, o brasiliense contará com mais uma opção para sair da cidade direto ao Velho Continente. Hoje é possível desembarcar em Lisboa

Flávia Maia
Gizella Rodrigues

O Aeroporto Internacional JK terá sua capacidade ampliada até o fim do primeiro semestre
de 2014 e os voos internacionais são uma aposta do Consórcio Inframerica

Brasília se prepara para receber uma segunda rota internacional de voo direto para a Europa. A Air France aguarda autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar o trajeto Brasília/Paris, com embarques programados para às 22h, três vezes por semana. A viagem terá duração média de 10 horas em um Boeing 772, com capacidade para 309 lugares. Com isso, a viagem da capital federal para a Cidade Luz será reduzida em até quatro horas. Hoje, os passageiros que saem de Brasília são obrigados a ir para o Aeroporto de Guarulhos (SP) ou para o Galeão (RJ) para chegar no terminal de Charles de Gaulle na França, com isso ficam à mercê do horário da conexão que pode levar horas.

A Anac tem até 31 de março de 2014 para autorizar o funcionamento da nova rota. A análise do pedido da Air France inclui exame da documentação e, principalmente, disponibilidade de espaço no pátio do Aeroporto Juscelino Kubitschek. A assessoria de imprensa do Consórcio Inframerica, responsável pela administração do terminal brasiliense, informou ter conhecimento do pedido da empresa francesa, mas não revelou se o aeroporto terá condições ou não de atender a nova demanda (leia Para saber mais).

A Air France não divulgou a estimativa de passageiros para o novo voo, sob a alegação de se tratar de uma informação estratégica da empresa. Mas Paris é a cidade mais visitada no mundo e a procura dos brasilienses pela rota deve ser intensa. Um estudo do Ministério do Turismo sobre a demanda turística internacional, divulgado em agosto, mostrou que a vinda de franceses para Brasília também é expressiva. A França é o terceiro país que mais manda turistas de negócios para a capital — a visita deles equivale a 6,7% dos visitantes, atrás apenas dos americanos e argentinos, ambos com 12,1%.