27/04/2015 - G1
Solenidade para marcar voo foi marcada por protesto de professores.
Todas passagens foram vendidas, segundo Tam; voos serão diários.
Do G1 SC
Muitos moradores estiveram no local para ver o avião decolar
O primeiro voo comercial do Aeroporto Regional de Jaguaruna, no Sul de Santa Catarina, decolou na tarde desta segunda-feira (27), às 15h20. Autoridades estiveram presentes na solenidade e houve tumulto.
Segundo a assessoria de imprensa da Tam, o Airbus A319 partiu lotado. No total, 144 passageiros compraram as passagens do voo de Jaguaruna para Congonhas. Os voos serão operados cinco vezes por semana.
O secretário de Infraestrutura de Santa Catarina, João Carlos Ecker, o secretário de Estado de Assuntos Estratégicos, Geraldo Althoff, deputados e prefeitos estiveram na solenidade.
Idoso precisou ser atendido no aeroporto
Tumulto
Houve tumulto quando alguns políticos deixaram o avião que chegou de São Paulo e depois partiu novamente, com destino a Congonhas. A Polícia Militar utilizou esprei de pimenta contra professores estaduais em greve que estavam no local e pediam negociação com o governo do estado.
Muitos moradores da cidade estiveram no aeroporto para ver o pouso e decolagem do avião. Devido à aglomeração de pessoas do saguão do aeroporto, um idoso passou mal e precisou ser atendido no local.
Aeroporto
O acesso e o terminal ficaram prontos há quase cinco anos. Porém, ainda faltavam licenças e autorizações de liberação, por isso, o terminal continuou fechado. Foram investidos quase R$ 70 milhões. São mais de 300 hectares e 2,5 quilômetros de pista.
Esses voos que vão levar passageiros de Jaguaruna para São Paulo permitem mais de 900 conexões. Da capital paulista, o passageiro pode ir para diversas outras cidades do Brasil e até pra fora do país. Uma oportunidade que deixa empresários de todos os setores animados.
"É um momento novo para nós, passageiros, cidadãos, para nós empresários, para o nosso trabalho, é muito importante. Facilita, baixo custo, ganhamos tempo, é mais seguro do que se deslocar pra Florianópolis ou Porto Alegre", afirmou o presidente da Associação Empresarial de Tubarão (Acit), Murilo Bortoluzzi.
A expectativa é de alavancar o desenvolvimento no Sul do estado. "Uma multinacional, ou mesmo de outra região do país, não vai se instalar numa região em que não houver um aeroporto de porte", afirmou o secretário Geraldo Althoff.
O setor imobiliário de Sangão e Jaguaruna já sente os reflexos. Os preços dos terrenos perto do aeroporto estão supervalorizados. "Nós começamos com R$ 2 mil o hectare. Hoje, se for lá ao redor do aeroporto, vão pedir R$ 100 mil o hectare", afirmou o presidente da Associação Empresarial de Jaraguna e Sangão (Acirj), Evaldo Ávila.