Azul retoma voos no dia 23

15/07/2015 - O Popular - GO

Passagens já voltaram a ser vendidas, mas frequência de viagens depende de adequações em terminal

Katherine Alexandria




A Azul, única companhia aérea que opera em Rio Verde, no Sudoeste do Estado, vai retomar os voos para a cidade a partir do dia 23 de julho, e não hoje como estava previsto. A suspensão do serviço, que ocorreu em 1º de julho, se deu por falta de infraestrutura do aeródromo para garantir segurança com modelo de aeronave de 70 assentos. A expectativa era de que a suspensão durasse pelo menos 15 dias, prazo que a empresa estimou após publicação oficial de autorização temporária da Agência Nacional De Aviação Civil (Anac).

A empresa trocou a frota de ATR 42 por modelos ATR 72, que são maiores e exigem melhorias no aeroporto. Até 30 de setembro, os voos continuarão de domingo a sexta-feira. As passagens já voltaram a ser vendidas pela empresa, mas a companhia informou, em nota, que, devido à emissão temporária por parte da Anac, que regulariza o serviço de combate a incêndio do aeroporto, caso a autorização não seja renovada, a Azul passará a operar apenas dois dias na semana – às segundas e sextas-feiras.

Isso até que o órgão regulador autorize novamente a operação. Situação semelhante aconteceu também em Patos de Minas (MG) após a troca da frota de aeronaves. Os voos também estão suspensos por lá e a administração municipal tem de correr para cumprir as exigências. No caso do Aeroporto Municipal General Leite de Castro, de Rio Verde, as adequações já estão licitadas para a construção da Seção contra Incêndio (SCI) – principal ponto questionado – e a Anac informou que não há nenhuma restrição para uso do modelo de aeronave.

Adequações

Em nota, a agência explicou que era necessário Plano de Emergência em Aeródromo (PLEM), que estabelece as responsabilidades dos órgãos, entidades ou profissionais que possam ser acionados para atendimento às emergências ocorridas no aeroporto ou em seu entorno. O outro documento também pedido estabelece procedimentos operacionais a serem adotados pelo Serviço de Prevenção, Salvamento e Combate a Incêndio (Sescinc). Tudo foi entregue, como informou a Anac.

"A solicitação foi realizada pela empresa aérea no dia 25 de junho, data em que a Anac verificou junto ao operador as adequações necessárias, essas que já foram cumpridas", diz a nota. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Rio Verde, Rubens Leão, afirmou que a decisão de paralisar os voos foi da empresa para não operar com riscos, mas o prazo para as adequações que compreendiam raio-X e a SCI era de até 26 de maio.

Prédio

A vistoria de passageiros e bagagens foi cumprida, mas faltou prédio para viatura e materiais necessários para atendimento no caso de incêndio ou acidente, o que levou à suspensão. A Anac também confirma que é a empresa aérea que decide quando irá operar, bem como o modelo de aeronave e as rotas. O projeto de modernização que também incluía terminal modular e ampliação de pista teria o custo de R$ 20 milhões, segundo o secretário.

A Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) licitou e homologou a obra e informou à reportagem, por nota, que "no momento aguarda o repasse de repasse de recursos do tesouro estadual, para proceder o início da obra". "Após a repercussão da suspensão dos voos, a Agetop retomou o empenho para a obra, só que o projeto licitado não atendia à demanda da Anac, por isso foi feito adequação do projeto para não ter de realizar nova licitação", pontuou Leão.

A edificação, de acordo com o secretário, é simples e o prazo até setembro seria suficiente. A empresa que ganhou a licitação foi a Loctec Engenharia. "Pela importância, a cidade não poderia ficar sem uma alternativa, pois seria muito ruim para a economia da região."