Meta do governo é ter um aeroporto a no máximo 150 km de cidades mato-grossenses

01/10/2017 - Olhar Direto

Wesley Santiago

Aeroporto de Sorriso recebeu investimentos e começou a operar com voos regulares
Aeroporto de Sorriso recebeu investimentos e começou a operar com voos regulares

O secretário de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo Duarte, apresentou nesta sexta-feira (29), durante o 1º Workshop de Aeroportos e Aeródromos Regionais de Mato Grosso, um ousado plano do Governo para o setor aeroviário. A intenção é que o Estado tenha um aeroporto apto a receber voos a no máximo 150 quilômetros de cada sede municipal. O trabalho será a longo prazo, mas poderá render muitos bons frutos para os cidadãos, principalmente do interior.

“Tenho dito o seguinte: o desenvolvimento não chega somente de carro. A gente percebe que todas as cidades de Mato Grosso que tiveram a visão de desenvolver um aeroporto no seu início, hoje tem universidades, empresas, estudos internacionais. O aeródromo traz esta oportunidade e cria condições para o desenvolvimento. Através dos voos é que chegam empresários, investidores e saem doentes para hospitais também”, explicou o secretário.

A intenção do governo é ter pelo menos um voo regional em nove regiões do Estado. O objetivo é criar hubs [designação dada ao aeroporto utilizado por uma companhia aérea como ponto de conexão para transferir seus passageiros/carga para o destino pretendido] regionais que atendam a uma grande população de cidades próximas. Com isto, cada sede municipal teria pelo menos um aeródromo com voos a, no máximo, 150 quilômetros de distância.

“Dom Aquino, por exemplo, pode ser um dos hubs regionais no Vale do São Lourenço. Existem muitos outros que poderão atender a grandes regiões, que tem vários municípios próximos”, explicou o secretário.

Em Mato Grosso, são 25 aeroportos homologados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e 17 contam com pista de asfalto. Porém, só sete deles tem balizamento e podem ter operações noturnas. Com o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) dos aeroportos, a estimativa é de receber R$ 20 milhões por ano. Parcerias Público-Privada também são outros meios para auxiliar na reforma e ampliação dos terminais.