Kondor Syndikat
Syndicato Condor Limitada
Serviços Aéreos Condor
Syndicato Condor Limitada
Serviços Aéreos Condor
Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul Ltda.
Cruzeiro do Sul S.A. Serviços Aéreos
Cruzeiro do Sul S.A. Serviços Aéreos
1927 - 1993
Histórico
Em 1926, a empresa aérea alemã Kondor Syndikat solicita permissão especial e temporária para o estudo de uma linha entre o Rio de Janeiro e o sul do país, autorizada no dia 26 de janeiro de 1927. Autorização idêntica foi conferida em 9 de março de 1927 à Compagnie Générale d'Entreprises Aéronautiques Lignes Latecoère, afim de efetuar o tráfego postal aéreo transcontinental, sobrevoando o território brasileiro desde Fernando de Noronha até Santa Victoria do Palmar.
Em novembro de 1926, a Kondor Syndicat, com o hidroavião “Atlântico”, modelo Dornier-Wall, realiza o primeiro voo comercial no Brasil, na linha Buenos Aires – Rio de Janeiro.
No dia primeiro de janeiro de 1927, é realizado, a título de apresentação, o primeiro voo com passageiros da Aviação Brasileira, pela Kondor Syndicat, entre o Rio de Janeiro e Florianópolis, com o hidroavião “Atlântico”. O primeiro voo comercial é realizado, pela mesma companhia, em 3 de fevereiro de 1927, com o mesmo hidroavião, na linha Porto Alegre – Rio Grande, com escala em Pelotas. O voo entre as duas cidades era feito em baixa altitude, entre 20 e 50 metros, sobre as águas da Lagoa dos Patos, com velocidade de cruzeiro de 160 Km/h. O avião tinha capacidade para levar até nove passageiros com as suas bagagens, além das malas postais.
Em 1927, a Kondor Syndicat operava duas linhas com hidroavião:
1ª - Rio de Janeiro - Rio Grande, com escalas em Santos, Paranaguá, São Francisco do Sul (SC) e Florianópolis.
2ª - Rio Grande - Santa Vitória do Palmar (RS), podendo se estender até Montevideo, no Uruguay.
Ainda em 1927, "Sob os auspícios da Kondor Syndicat, é constituída uma companhia nacional, a Empresa de Viação Aérea rio-Grandense, que mantem o tráfego aéreo regular para o transporte de passageiros e cargas entre Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande, de acordo com concessão obtida pelo decreto 17.832 de 10 de junho de 1927."
No dia 20 de janeiro de 1928, através do Decreto nº 18.075, a empresa Syndicato Condor Limitada, já nacionalizada, sucessora da Kondor Syndikat, inicia a operação regular de transporte de correio e passageiros, apesar da primeira linha ter sido lançada em janeiro de 1927.
No dia primeiro de junho de 1928, a aeronave “Potyguar”, do Syndicato Condor, realiza voo experimental para o estabelecimento da rota Rio de Janeiro – Natal.
Em 1928, o Brasil contava com o serviço regular de 3 companhias aéreas regulares, a Compagnie Générale Aeropostale, com rota internacional entre Natal e a fronteira do Uruguai, só transportando correspondências; a Empresa Viação Aérea Rio-Grandense, com linha de 280 km de extensão, entre Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande, transportando nesse ano 1.530 passageiros; e a Syndicato Condor Limitada, com linha entre o Rio de Janeiro e Porto Alegre, com escalas em Santos, Paranaguá, São Francisco e Florianópolis, transportando nesse ano 5.224 passageiros.
No dia primeiro de junho de 1928, a aeronave “Potyguar”, do Syndicato Condor, realiza voo experimental para o estabelecimento da rota Rio de Janeiro – Natal.
Em junho de 1929, segundo a Revista Viação, o Brasil contava com o serviço regular de três companhias aéreas. A primeira, a Compgnie Générale Aeropostale (França), com o serviço de correspondências entre a França e Buenos Aires, com passagem no Brasil, entre Pelotas e Natal, a segunda, a Condor Syndicato, com serviço de passageiros e correspondências entre o Rio de Janeiro e Porto Alegre, e a terceira, a S.A. Empresa de Viação Rio Grandense “Varig”, com duas linhas em operação: Porto Alegre – Torres (Linha Balneária) e Porto Alegre-Pelotas-Rio Grande, também conhecida como linha da Lagoa.
Em abril de 1930, a Condor operava duas linhas no território nacional, a primeira, entre o Rio de Janeiro e Natal, com escala nas cidades de Victória, Caravellas, Belmonte, Ilhéos, São Salvador da Bahia, Aracaju, Maceió, Recife, Parahyba (João Pessoa) e Natal, e a segunda linha, entre o Rio de Janeiro e Porto Alegre, com escala nas cidades de Santos, Paranaguá, São Francisco, Florianópolis e Laguna.
Em setembro de 1930, a Condor inaugura a linha aérea Miranda (MS)-Corumbá-Cuiabá, em conexão com a linha já iniciada, São Paulo-São Manoel-Três Lagoas-Campo Grande-Miranda, e com a linha boliviana Puerto Suarez (Corumbá)-Cochabamba-La Paz.
Em 1934, a Luft Hansa recebe autorização para o estabelecimento de uma linha regular transatlântica, em combinação com os aviões da Syndicato Condor. No mesmo ano a antiga Lufthansa bate o recorde, voando entre Berlin e o Brasil em 2 dias e 23 horas.
Em 1934, a Syndicato Condor inaugura a primeira linha internacional de uma empresa aérea brasileira, para Montevideo e Buenos Aires. No ano seguinte a linha é prolongada para Santiago do Chile.
Em 1934, a Syndicato Condor inaugura a primeira linha internacional de uma empresa aérea brasileira, para Montevideo e Buenos Aires. No ano seguinte a linha é prolongada para Santiago do Chile.
No dia 22 de janeiro de 1936, com a inauguração da linha aérea Rio de Janeiro – La Paz, é batido um recorde, pela primeira vez um jornal paulistano é lido na capital boliviana com apenas 2 dias de atraso. A linha inicialmente só transportava malas postais, com escalas em Santos, São Paulo (Campo de Marte), Campo Grande, Corumbá, Puerto Suarez, Cochabamba, e Oruro. A linha era operada pela Condor, com a aeronave “Tocantins”, em colaboração com a Lloyd Aéreo Boliviano (LAB).
Em 1937, no espaço aéreo do Brasil, estiveram em tráfego 66 aeronaves a serviço das companhias nacionais Varig, Sindicato Condor, Panair do Brasil, Aeroloide Iguassú e Vasp, e das companhias estrangeiras Air France e Pan American Airways, além da companhia alemã de dirigíveis Luftschiffbau Zeppelin.
Em 1937, a Sindicato Condor inicia a operação de uma linha de hidroavião no Piauí, a título de experiência, entre Parnaíba e Floriano.
Em 1937, subvencionadas pelo Governo Federal, as companhias Panair do Brasil e Syndicato Condor, que operavam no litoral, mantinham duas linhas no interior do país, a primeira entre Belém e Manaus, pela Panair, e a segunda, entre São Paulo e Cuiabá, via Corumbá, pela Syndicato Condor.
Em 1938, o Brasil contava com 7 empresas com linhas aéreas regulares em operação: Empresa de Viação Rio Grandense, Syndicato Condor Limitada, Panair do Brasil, Aerolloyd Iguassú, Viação Aérea São Paulo, Air France, e Pan American Airways Inc.
Em 1941, a empresa é renomeada para Serviços Aéreos Condor.
Cruzeiro do Sul
No dia 22 de agosto de 1942, o Brasil oficialmente declara guerra à Alemanha. Três dias depois a Condor é nacionalizada. A diretoria da empresa, composta por alemães, é substituída por interventores brasileiros nomeados pelo regime de Getúlio Vargas. Em janeiro de 1943, a empresa muda seu nome para Serviços Aéreos Cruzeiros do Sul Ltda.
Ainda em 1943, a empresa recebe seus primeiros DC-3, importados dos Estados Unidos.
Em maio de 1943, a Cruzeiro do Sul, após vencer concorrência, inaugura a linha Cuiabá (MT) – Cruzeiro do Sul (AC), com escalas em São Luiz de Cáceres, Vila Bela, Vilhena, Ilha das Flores, Forte Príncipe da Beira, Guajará-Mirim, Porto Velho, Xapuri Brasília, Sena Madureira, Vila Feijó, Vila Seabra, Vila Jordão, Vila Taumaturgo, e Humaitá. O Acre, finalmente, passa a ser unido regularmente com a capital, o Rio de Janeiro, e o resto do país.
Em 1945, o Brasil contava com as seguintes companhias aéreas: Panair, Cruzeiro do Sul, Varig, Vasp e Nab, além de 12 outras pequenas companhias, e três empresas estrangeiras: Pan American, Air France e British.
Em 1950, o Aeroporto Santos Dumont recebia apenas os voos domésticos, enquanto o Aeroporto do Galeão abrigava os voos internacionais de três companhias aéreas nacionais: Cruzeiro do Sul, Panair e Aerovias, além de 8 companhias estrangeiras: Pan American, Scandinavian, British, Braniff, Fama, Air France, KLM, e Alitalia.
No dia 6 de julho de 1959, inauguração da primeira Ponte-Aérea do mundo, entre o Rio de Janeiro e São Paulo, operada pelas companhias Varig, Vasp e Cruzeiro do Sul, concorrendo com a Real Aerovias, que não participava da Ponte-Aérea. Em novembro, a Ponte-Aérea contava com 60 voos diários, operando com intervalos de 30 minutos, das 6h30 às 22h30. O sistema operou até 1999, quando as companhias voltaram a operar separadamente.
Em julho de 1965, a Cruzeiro do Sul lança seus Caravelles na linha Rio de Janeiro – Buenos Aires, com escalas em São Paulo e Porto Alegre.
Em 1968, a Cruzeiro do Sul é a primeira companhia aérea nacional a adquirir um Boeing 727, aeronave para distâncias médias e curtas, com três motores traseiros, cujo primeiro vôo foi realizado em 1964. O modelo foi lançado após o grande sucesso do Boeing 707.
No dia 22 de maio de 1975, a Cruzeiro do Sul é adquirida pelo Fundação Ruben Berta, da Varig, mantendo suas operações em separado da Varig. Somente em 1993 a Cruzeiro do Sul foi legalmente absorvida pela Varig, sendo que a marca Cruzeiro foi mantida até 2001, quando as 4 últimas aeronaves da Cruzeiro foram pintadas da cor da Varig.
Em 1977, a Cruzeiro voava para 24 cidades no Brasil e 8 no exterior: La Paz, Santa Cruz de La Sierra, Iquitos, Paramaribo, Caiena, Buenos Aires, Bariloche e Montevideo, com frota de 8 Boeing 727 e 6 Boeing 737. O voo para Iquitos, no Peru, de penetração amazônica, era operado via Tefé e Tabatinga.
Em junho de 1977, a denominação social é alterada de Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul Ltda. para Cruzeiro do Sul S.A. Serviços Aéreos, adaptando à nova lei das sociedades por ações.
Em 1977, a Cruzeiro voava para 24 cidades no Brasil e 8 no exterior: La Paz, Santa Cruz de La Sierra, Iquitos, Paramaribo, Caiena, Buenos Aires, Bariloche e Montevideo, com frota de 8 Boeing 727 e 6 Boeing 737. O voo para Iquitos, no Peru, de penetração amazônica, era operado via Tefé e Tabatinga.
Passageiros Transportados
1928 - 5.224
1975 - 1.403.411
1976 - 1.632.136
1977 - 1.754.753
1975 - 1.403.411
1976 - 1.632.136
1977 - 1.754.753
Frota
1975 - 23
1976 - 14
1977 - 14
1978 - 14
1979 - 14
Cidades Servidas
1977 - 24
REFERÊNCIAS:
Bahia. O Paiz. Rio de Janeiro. 16 junho 1928. p.7.
Cruzeiro faz 50 anos de pioneirismo no Brasil. Jornal do Commercio. Rio de Janeiro. 1 dezembro 1977. p.5.
Cruzeiro faz 50 anos de pioneirismo no Brasil. Jornal do Commercio. Rio de Janeiro. 1 dezembro 1977. p.5.